O Brasil não tem terremotos, vulcões ou tsunamis. Talvez por isso, o país tenha por muito tempo alimentado a ilusão de que a estabilidade geológica do território seria suficiente para garantir um futuro tranquilo. Livre de cataclismos devastadores, de tragédias provocadas por eventos naturais.
A catástrofe no Rio Grande do Sul provou da pior forma que tudo não estava acontecendo de engano. Se não tivermos tremores de terra, rios de lava ou ondas gigantescas, somos ano a ano castigados por características climáticas. São catástrofes tupiniquins, geralmente associadas a condições extremas na incidência da chuva: ou o excesso ou a escassez absoluta.
A partir desta semana, a Agência Senado publicou uma série de reportagens para tentar medir o impacto dessas tragédias climáticas. Quanto o país investe na prevenção? Quanto gasta para reconstruir comunidades inteiras destruídas por dilúvios ou estimativas de magnitudes bíblicas? Como preparar as cidades para evitar novas calamidades? Qual o papel do Congresso Nacional? As leis aprovadas têm serviços para evitar ou contribuir com o cenário de terror enfrentado agora pelos gaúchos?